Como se já não fosse suficiente o aumento diário de casos e mortes por coronavírus, o Rio Grande do Sul pode chegar nos próximos dias a um recorde em relação às ocorrências de dengue. De acordo com o boletim epidemiológico da semana 25/2020, da Secretaria Estadual da Saúde (SES), foram contabilizados, até 20 de junho, 5.726 notificações suspeitas de dengue, sendo que 3.347 foram confirmadas. Em 2010, ano com o maior número de registros, foram 3.452 casos.
Ao todo, dos 497 municípios gaúchos, cerca de 388 registram incidência da doença. Do número total de confirmações, 3.082 foram autóctones (contraídas na própria região) e 265 importadas. Ainda conforme o boletim epidemiológico, até a semana 25/2020 foram registrados seis óbitos por dengue, sendo três no município de Santo Cristo, no Noroeste, dois em Santo Ângelo, nas Missões, e um em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo.
Do número total de notificações recebidas pela SES, 1.716 foram descartadas, 453 continuavam em investigação e 210 tiveram laudo inconclusivo. A região mais afetada é a Noroeste.
Para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, a pasta recomenda tampar tonéis e caixas d’água, manter as calhas sempre limpas, deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo, manter as lixeiras bem tampadas, deixar os ralos limpos e com aplicação de tela, guardar pneus em local coberto ou fazer furos para não acumular água, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, limpar com escova ou bucha os potes de água de animais e retirar água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
*Jornal do Comércio
Por Gabriela Porto Alegre