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Estados disputam compra de equipamentos com União

A compra emergencial de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e respiradores artificiais para enfrentar a epidemia de coronavírus expõe a falta de coordenação entre governos estaduais e a União na crise sanitária. A concorrência entre eles se acirrou depois que o Ministério da Saúde passou a usar a legislação aprovada recentemente para centralizar as compras de produções inteiras de materiais essenciais para o enfrentamento da Covid-19.

Sem querer ficar à mercê das escolhas da União – e diante da instabilidade na Esplanada dos Ministérios, com as ameaças de demissão que rondam o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) -, os governadores decidiram investir em compras no exterior. Relações históricas e comerciais com a China têm sido tão ou mais importantes na crise do que contar com um bancada fiel de parlamentares em Brasília.

Entre os Estados que avançaram em direção ao Oriente para garantir autonomia no combate à doença está São Paulo. Depois de requisitar 500 mil máscaras em uma planta da 3M e bater boca com o presidente Jair Bolsonaro em reunião com governadores do Sudeste em razão de o Ministério da Saúde ter requisitado respiradores, o governador João Doria (PSDB) mudou de estratégia. Ele quer evitar o confronto direto. O tucano acionou o escritório do governo paulista em Xangai, inaugurado em 2019, para fechar com a China uma compra de 2.000 respiradores, sendo 700 para a capital.

Fonte: Jornal do Comércio

Foto: Agência Brasil

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