A Secretaria da Saúde (SES), por intermédio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), está orientando as redes de saúde pública e privada sobre notificação de casos suspeitos de doença respiratória causada pelo agente novo coronavírus. O trabalho é feito a partir das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS), que lançou nesta quinta-feira (23/1) um boletim epidemiológico sobre essa nova cepa viral. Desde o final de 2019, quando foram detectados na China casos de doença respiratória provocada pelo coronavírus, os Estados vêm monitorando o evento, em conjunto com o ministério.
Como resultado deste trabalho, as instituições de saúde lançaram um alerta para eventuais casos de pessoas com sintomas suspeitos e que tenham histórico de viagem para áreas de transmissão nos últimos 14 dias. Os sintomas clínicos são principalmente respiratórios, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Os casos mais graves podem evoluir para pneumonia.
O Rio Grande do Sul, no momento, não tem nenhuma situação relacionada ao novo coronavírus em investigação. O único caso suspeito até agora, notificado ao MS na quarta-feira (22/1), foi descartado. Tratava-se de uma pessoa que passou 18 dias trabalhando na China e que procurou atendimento médico com febre e tosse. Após serem tomadas as medidas preconizadas para atendimento de caso suspeito, o resultado foi negativo, e o paciente não está internado.
A OMS detectou que a transmissão pessoa a pessoa está acontecendo entre familiares e profissionais de saúde em contato com indivíduos infectados na cidade de Wuhan (China) que é, até o momento, o único local conhecido com transmissão.
A técnica da equipe de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Juliana Patzer comenta.
Para os casos suspeitos, é recomendado:
- Paciente deve usar máscara cirúrgica logo no início e ser mantido em quarto privativo.
• Profissionais devem usar medidas de precaução padrão.
• Casos graves devem ser encaminhados para um hospital de referência.
• Casos leves devem ser acompanhados pela atenção básica em saúde.
PORTOS, AEROPORTOS E FRONTEIRAS
A vigilância sanitária orienta adoção de medidas nos pontos de entrada no país:
- Atenção para detectar suspeitos.
• Orientação para notificação imediata destes casos.
• Elaboração de avisos sonoros com recomendações sobre sinais, sintomas e cuidados básicos.
• Intensificar procedimentos, limpeza e desinfecção de equipamentos de proteção individual (EPI).
• Orientar equipes dos postos médicos quanto à detecção de casos suspeitos.
• Atender a possíveis solicitações de listas de viajantes para investigação de contato.
Texto: Marília Pereira Bissigo/Ascom SES
Edição: Secom