Neil Peart, baterista e compositor do Rush morreu na terça, 7 de janeiro, em Santa Monica, California, aos 67 anos. A causa da morte foi um câncer cerebral que o músico estava tratando há três anos, de acordo com Elliot Mintz, porta-voz da família Peart. O representante da banda confirmou a informação à Rolling Stone Estados Unidos.
Peart era considerado um dos melhores bateristas de rock, com um estilo extravagante, mas absolutamente preciso.
O músico se uniu ao cantor e baixista Geddy Lee e ao guitarrista Alex Lifeson para formar o Rush em 1968. A música virtuosa e as letras incrivelmente imaginativas – inspiradas em Ayn Rand e ficção científica, entre outras – ajudaram a tornar o trio uma das principais bandas da era do rock clássico.
A bateria de Peart é essencial em músicas como “Tom Sawyer“, e fala por si só, cada batida com uma mini composição inesquecível. Autodidata rigoroso e escritor talentoso, o baterista também foi autor de inúmeros livros.
Peart nunca deixou de acreditar nas possibilidades do rock (“um presente além do preço”, disse ele sobre a música do Rush, “Spirit of Radio”) e desprezava o que via como super-comercialização da indústria musical.
“Trata-se de ser seu próprio herói. Decidi nunca trair os valores que os jovens de 16 anos tinham, de nunca vender, de nunca se curvar ao homem”, explicou em uma entrevista à Rolling Stoneem 2015.
Rush fez a turnê de despedida em 2015. E, Peart estava ansioso para passar mais tempo com a esposa, Carrie Nuttal, e a filha Olivia.
No dia 10 de agosto de 1997, a filha de 19 anos de Peart, Selena, morreu em um acidente de carro enquanto dirigia para a universidade dela em Toronto. Apenas cinco meses depois, a mãe de Selena e esposa do músico por 23 anos, Jackie, foi diagnosticada com um câncer terminal e morreu rapidamente.
Peart pediu aos colegas de banda para considerá-lo aposentado e embarcou em uma solitária viagem de moto pelos Estados Unidos. Em 2000, se casou novamente e voltou para o Rush em 2001.
*Revista Rolling Stone