O número de casos confirmados de Sarampo no Rio Grande do Sul passou de 44 em novembro para 53 pacientes diagnosticados em dezembro deste ano. Os dados integram o Boletim Epidemiológico do Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Os casos confirmados estão distribuídos em oito municípios gaúchos. A cidade de Cachoeirinha concentra a maior parte deles com 16 registros, seguida de Porto Alegre com 14 casos; Gravataí com 13 casos; Tramandaí com 3 casos; Canoas, Alvorada e Ijuí com 2 caso cada; e Dois Irmãos com apenas 1 caso. Deste histórico, conforme o Boletim, há uma criança de sete meses e um jovem de 19 anos, ambos não vacinados e residentes de Cachoeirinha.
O maior percentual – 30,2% – dos casos ocorridos no Estado está dentro da faixa etária definida pelo Ministério da Saúde como alvo da vacinação contra o Sarampo: jovens de 20 a 29 anos. Nos casos confirmados, cerca de 72% foram identificados em indivíduos não vacinados ou com esquema incompleto. Até 7 de dezembro foram notificados 650 casos suspeitos de doenças exantemáticas – 513 de Sarampo e 137 de Rubéola. Deste total, foram descartados 566 casos (87%) e 31 casos (4,8%) permanecem pendentes, em investigação médica.
Brasil
Em 2019, foram confirmados 13.489 casos em 21 unidades da federação, sendo que mais de 90,0% estão concentrados no estado de São Paulo, principalmente na região
metropolitana. Dos casos confirmados, 10.558 (78,3%) foram por critério laboratorial e 2.931 (21,7%) por critério clínico epidemiológico – 18.717 permanecem em investigação. São Paulo é também o estado que detém o maior número de óbitos por Sarampo, com 14 casos. O 15ª óbito foi regustrado no estado de Pernambuco. Destes, seis óbitos ocorreram em menos de 1 ano de idade, dois em crianças com 1 ano de idade e seis óbitos em adultos maiores de 20 anos. Do total, apenas duas vítimas eram vacinadas contra Sarampo.
O Brasil é o país com mais casos confirmados – 13.489 casos – das Américas. Em segundo lugar vem Estados Unidos com 1.262 casos, seguido de Venezuela 520 casos.
Sintomas
A maior parte dos diagnósticos positivos se dividem entre “origem inconclusiva” ou “sem histórico de viagem e/ou contato com paciente doente” – levando à possibilidade de que sejam autóctones, contraídos em solo gaúcho. O último caso do tipo, oficialmente confirmado pelas autoridades de saúde do Rio Grande do Sul, é de 1999. O surto só é considerado encerrado 90 dias após o registro do último exantema maculopapular, que consiste no surgimento das lesões avermelhadas na pele do doente. Além das lesões, os pacientes podem apresentar tosse, coriza e/ou conjuntivite.
Fonte: Correio do Povo
Foto: Guilherme Testa / CP Memória