O Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) comunicou nesta sexta-feira (13) que não aceita as novas propostas do governo estadual sobre a carreira do magistério, e segue em greve. Eduardo Leite (PSDB) anunciou na quinta (12) mudanças em alguns pontos do pacote intitulado Reforma RS encaminhado à Assembleia Legislativa.
A presidente do Cpers disse que os professores não tiveram acesso ao projeto para participar de uma discussão. “O governo sequer nos mandou o power point”, reclamou Helenir Schürer.
Após análise do que foi divulgado pelo governo, o sindicato concluiu que “na essência não mudou nada.” “Continuamos pagando nosso salário”, pontuou Helenir.
Segundo a presidente do Cpers, o salário dela é de R$ 1.795, e não terá o aumento divulgado de 19,8%.
“Em 2022 terei um reajuste de 3%, que significará R$ 66 a mais no meu contracheque. E aí eu não consigo entender porque o governo está dizendo que teremos em três anos 19,8% no contracheque. Eu sou professora de português, até quero dar a possibilidade de dúvida, mas não consigo entender.”
Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta sexta, Leite diz que o governo procurou “contemplar ao máximo as sugestões que foram propostas.”
“Está mais do que na hora de virarmos a página da crise no nosso estado. Respeitamos muito as observações feitas por todos, as manifestações dos deputados, dos sindicatos, de entidades representativas, e as que vimos nas redes sociais (…) Mas peço a todos a compreensão e insisto: a reforma do RS não é contra ninguém, ela é a favor de todos.”
*G1RS