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Preço da carne “não vai baixar mais ao patamar que estava”, diz ministra da Agricultura

Em alta nos últimos dias, o valor da carne não deve retornar ao patamar anterior, de acordo com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. A elevação de preço ocorre porque as exportações de carnes do Brasil para China subiram e a arroba do boi foi elevada nas últimas semanas, o que levou o repasse a chegar nas gôndolas dos supermercados.

O que também contribuiu para o aumento, segundo a ministra, foi a falta de reajuste nos preços nos últimos três anos. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo.

Em SP, por exemplo, a arroba do boi gordo teve aumento real de 35% em um mês, segundo o veículo.

— Sabemos que essa situação decorre de uma conjuntura de fatores. Agora, a arroba não vai baixar mais ao patamar que estava — disse Tereza.

A ministra também negou que o mercado nacional esteja com falta de oferta.

— Não é verdade (que haja falta de carne). Primeiro, o Brasil tem 215 milhões de cabeças de gado. Então, não é um rebanho para acabar amanhã. Segundo, realmente o mercado chinês mexeu com as exportações, e não só da carne brasileira, mas da carne argentina, paraguaia, uruguaia. Todos esses mercados sentiram. O mundo está sentindo o impacto. É muito grande a necessidade da China — disse.

Tereza disse ainda que é preciso “lembrar que o boi tinha um preço represado há três anos” e que o “pecuarista estava tendo prejuízo nesse período”.

— Antes, o produto vendia uma arroba pelo preço de R$ 140, em média. O que aconteceu é que, nesse primeiro momento de abertura, com a China pagando um preço muito bom, houve esse momento, digamos, de euforia. Em São Paulo, uma arroba está sendo vendida a R$ 231.

Em nota, a pasta da Agricultura disse que acompanha os desdobramentos de perto e acredita que o mercado “irá encontrar o equilíbrio”.

— Não é papel do ministério intervir nas relações de mercado. Os preços são regidos pela oferta e procura. Neste momento, o mercado está sinalizando que os preços da carne bovina, que estavam deprimidos, mudaram de patamar — dizia a nota.

Em uma transmissão pela internet, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (28) que em três ou quatro meses o preço da carne volta à normalidade.

Fonte e foto: Gaúcha ZH

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