Maior escolaridade da força de trabalho e redução na diferença do que é pago para homens e mulheres com o mesmo grau de instrução são algumas das conclusões do Boletim de Trabalho, divulgado nesta quarta-feira (30/10) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). O documento, produzido com foco no Rio Grande do Sul a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais),
O pesquisador do DEE, Gabriel Xavier Sobrinho, fala a respeito.
No segmento com Ensino Médio, o mais representativo entre a população ocupada, as mulheres recebem 25,2% a menos do que os homens, também abaixo do registrado no 2º trimestre de 2012, quando a diferença era de 33,6%.
Considerando o período entre 2006 e 2018, avaliado na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o percentual de empregados formais no Rio Grande do Sul que não havia completado o Ensino Fundamental era de 22,7% em 2006, caindo para 11,7% em 2018. Entre a população com Ensino Superior completo, o percentual subiu de 14,1% para 21,1%, explica o pesquisador, Raul Bastos.
Entre os setores econômicos, o perfil da força de trabalho também se diferencia. Em 2018, a agropecuária concentrava 41,2% dos seus trabalhadores sem Ensino Fundamental completo, percentual muito acima do segundo colocado no ranking. Neste mesmo ano, os setores de comércio e serviços concentraram, por sua vez, os maiores percentuais de trabalhadores com Ensino Médio completo (64,4% e 52,1%, respectivamente).
Entre os homens e mulheres com Ensino Superior, a administração pública é o destaque. Em 2018, este setor concentrava 58,2% dos trabalhadores com esta instrução. Quanto à geração total de empregos, de acordo com o Caged, nos últimos 12 meses, entre outubro de 2018 e setembro de 2019, o Rio Grande do Sul registrou a criação de 15.563 vagas, com destaque para o setor de serviços e comércio. O secretário adjunto de Planejamento, Orçamento e Gestão, Gilberto Pompilio comenta.