Ladrões atacam banco em Vale Verde, ordenam formação de cordão humano e fogem
Uma agência do Sicredi foi alvo de criminosos em Vale Verde, município de 3,5 mil habitantes do Vale do Rio Pardo, nesta quinta-feira (8). O ataque aconteceu por volta das 13h50min. Pouco mais de uma hora depois do crime, a Brigada Militar (BM) prendeu um suspeito de participar do assalto.
Um grupo de criminosos chegou no município e obrigou cerca de 15 moradores a formarem cordão humano. Segundo a BM, os criminosos estariam armados com fuzis. Três deles, encapuzados, teriam entrado na agência, enquanto cerca de cinco ladrões aguardavam no lado de fora, obrigando os moradores a formarem o cordão humano.
Após o ataque, eles teriam fugido com reféns — ainda não se sabe quantos foram levados. Ainda conforme a BM, algumas pessoas teriam sido colocadas na caçamba de uma caminhonete usada pelo bando, mas a Brigada diz que elas foram liberadas pouco depois.
O tenente-coronel Giovani Moresco, comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM) explicou que a fuga aconteceu em pelo menos três carros, em direção a municípios vizinhos e à Capital.
Por volta das 15h, a BM conseguiu prender um dos suspeitos de participar do ataque em uma localidade entre General Câmara e Charqueadas. O nome do detido não foi divulgado. Houve confronto entre os policiais militares e os criminosos, mas ninguém ficou ferido. A BM localizou ainda um carro capotado — o modelo não foi divulgado. No interior do veículo, foram encontradas armas, munições, miguelitos, e toucas ninjas.
Conforme o vice-prefeito do município, Roque Eisermann, o município já havia sido alvo de criminosos em outras ocasiões, mas esta seria a primeira vez em que o ataque aconteceu na modalidade conhecida como novo cangaço, quando a cidade é sitiada é moradores são obrigados a formarem cordão humano.
— O banco fica perto da minha casa. Ouvi muitos tiros, mas ainda não tenho informações sobre o que foi levado — explicou o vice-prefeito.
Segundo ele, há uma escola municipal a cerca de 100 metros da agência atacada. O assalto aconteceu no horário em que os alunos costumam chegar para as aulas.
— O clima é de apreensão. Fechamos a porta da prefeitura, chamamos todos pra dentro. Na escola, também. Normalmente, é uma cidade tranquila — contou Eisermann.
Ainda conforme o vice-prefeito, a cidade tem muitas rotas de fuga e estradas que ligam a municípios vizinhos, como Rio Pardo e Venâncio Aires.
— Assaltos em cidade pequena são cada vez mais frequentes, mas ninguém espera passar por isso.
A Brigada Militar (BM) faz cerco em busca dos outros criminosos. Há entre 50 e 60 policiais militares participando da ação. Helicópteros do Batalhão de Aviação da BM estão no Vale do Rio Pardo e auxiliam na procura pelo bando. Assaltos em cidade pequena são cada vez mais frequentes, mas ninguém espera passar por isso.
Fonte e foto: Gaúcha ZH