São três os principais fatores que pesaram sobre a decisão do governador Eduardo Leite (PSDB) de não enviar em agosto para a Assembleia Legislativa os projetos com as mudanças na previdência e nas carreiras dos servidores.
O primeiro é o desgaste decorrente do maior atraso já ocorrido na quitação dos salários do funcionalismo, que está acontecendo justamente entre agosto e setembro, praticamente emendando o pagamento de folhas distintas. O segundo fator determinante do adiamento foram os recados emitidos a partir de diferentes pontos da base aliada. Ela fez chegar ao Executivo sua preocupação em votar projetos que atingem carreiras muito numerosas e articuladas, como as do magistério e as da segurança pública. Já o terceiro fator a pesar sobre a decisão foram as conversas mantidas com o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante sua passagem pelo RS. Guedes disse acreditar ainda que o Senado possa incluir estados e municípios na reforma da previdência, possibilidade que havia sido praticamente descartada por governadores.
Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini / Divulgação CP