O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta terça-feira (28) que o governo federal vai oferecer vagas em presídios federais para mandantes de massacres em presídios de Manaus. Todos já foram identificados. Conflitos em quatro unidades deixaram 55 detentos mortos entre o domingo (26) e a segunda-feira (27).
Na segunda, o governador do Amazonas, Wilson Lima, confirmou que pediu à Brasília a transferência de presos para unidades de segurança máxima. O número de responsáveis pelo massacre não foi divulgado.
O Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) afirma que as mortes foram motivadas por um racha entre presos que integravam o mesmo grupo criminoso e que atua no tráfico de drogas no estado.
“As forças de segurança fizeram uma revista nas unidades prisionais. A recontagem dos presos separou aqueles detentos que estavam ameaçados de morte, que eram pelo menos uns 200. E já identificaram os mandantes desses crimes. Já pedi para o Governo Federal que eles sejam encaminhados para presídios de segurança máxima”, afirmou o governador Wilson Lima.
Além de fazer a transferência de presos, o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviará uma Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para atuar dentro das unidades prisionais. Há mais de dois anos, homens da Força Nacional atuam nos entornos dos presídios. A medida foi tomada logo após o massacre de mais de 60 presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em janeiro de 2017.
Conflitos
No domingo, uma briga entre detentos dos pavilhões 3 e 5 do Compaj terminou com 15 mortos. A confusão aconteceu durante o horário de visitação na unidade. As vítimas foram assassinadas asfixiadas ou perfuradas com escovas de dentes. Alguns dos crimes foram cometidos
No dia seguinte, 40 mortos foram encontrados mortos dentro de cadeias. A Seap informou que todas as mortes tinham indício de asfixia.
Fonte: G1
Foto: Ive Rylo/G1 Amazonas