O anúncio do pacote de benefícios do Governo Federal divide especialistas em relação da capacidade da medida de coibir uma nova greve dos caminhoneiros. A concessão envolve a oferta de crédito pelo BNDS de até R$ 30 mil por caminhoneiro autônomo e a liberação de R$ 2 bilhões para investimentos em rodovias. O ministro da economia Paulo Guedes também negou que a suspenção de 5,74% do diesel seria adotado como política econômica, sinalizando que o governo não irá interferir na política de preços de combustíveis.
Ao fim do pregão as ações originárias da estatal subiram 3,57% e as preferências 3,05%, na última sexta-feira, dia 12, já haviam caído mais de 8%. A sócia diretora da diretoria FB Wealth, Daniela Casabona, diz que o preço do combustível não pode ter a interferência do Governo, mas avalia que o mercado teme que pacote de benefícios não seja suficiente para evitar uma nova greve.
Especialista de Ações da Consultoria Levante, Eduardo Guimarães, explicou que o preço do diesel está a 6% abaixo do praticado pelo mercado internacional, mas afirma que ainda há dúvidas se o Governo Federal realmente não irá interferir na política de preços.
Durante o Governo Dilma, esse presidente tentou controlar a alta do preço dos combustíveis para segurar a inflação. Já na gestão de Michel Temer, a Petrobrás começou a praticar preços internacionais o que motivou a greve dos caminhoneiros no ano passado.
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Foto: htadvocacia