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Automobilismo gaúcho perde o piloto Cali Crestani, aos 63 anos

24.02.2019 16h55  /  Postado por: adrianolima

Luiz Carlos Crestani, o “Cali”, aos 63 anos, que lutava contra o câncer. Seu corpo será velado na Capela Mortuária e será sepultado nesta segunda-feira, no Cemitério Municipal de Tapera.  O Cali foi um dos fundadores da CEGEL Concretos e era produtor rural. Apaixonado por corrida de carros, era sócio do Grupo Taperense de Automobilismo (GTA) que o acompanhava pelos campeonatos de Enduro pelo País. Ainda, será o eterno presidente do América de Tapera, sendo ainda patrocinador da equipe na conquista da primeira Série Prata, em 1996.

Cali, filho do ex-vereador Hermes Crestani, deixa a esposa Elaine e a filha Tassiane.

O automobilismo gaúcho perdeu, neste domingo, o piloto natural de Tapera Cali Crestani. Aos 63 anos,  ele não resistiu às complicações de um câncer. Um entusiasta do esporte a motor, deixou sua marca já “veterano”, nas provas de Fórmula e Endurance do Gaúcho de Automobilismo, sempre com uma pilotagem arrojada.

A trajetória nas pistas de Crestani passou pelas linhas do PitLane desde 2011, primeiro com algumas vitórias na Fórmula 1.6 e, depois com seu grande xodó automobilístico, o protótipo Tornado Hayabusa, na Endurance. Na 1.6, fez pegas memoráveis com Ismael Toresan, Marcelo Giacomello e o depois grande parceiro de endurance Fernando Stedile. Ultrapassagens com freadas no fio da navalha ficaram no currículo.

Com o Tornado, Cali foi campeão do Gaúcho de Endurance em 2016, mas a gente lembra é da grande performance de Cali numa 12 Horas de Tarumã daquele ano. O protótipo com motor de moto Suzuki Hayabusa figurava na classe P2, e não deveria ser um adversário natural dos carros turbo da P1, mas a pilotagem agressive e impecável dele e de Stedile quase renderam uma vitória histórica.

No blog, narramos “um Tornado varreu Tarumã” com a essência do automobilismo. Reproduzimos o texto abaixo:

Um funil de vento imparável e devastador, a 500 km/h, essa é a definição de tornado pela meteorologia. O protótipo negro de número #3, um projeto de Luiz Fernando Cruz, fez jus ao seu nome e se tornou no grande herói das 12 Horas de Tarumã em 2016. Dois veteranos com pés pesadíssimos e mãos ligeiras, Luiz Carlos Crestani e Fernando Henrique Stédile encarnaram a pura essência do automobilismo.

A dupla estava a bordo de um pequeno chassis tubular com um motor de moto Suzuki Hayabusa e ao redor de 500 quilos. Um peso pena da Classe P2 que largava na 11ª colocação do grid das 12 Horas. Estavam na primeira garagem do pitlane, com uma equipe de menos de dez mecânicos, contra outros times que tinham uma tropa.

Intermináveis oito segundos mais lentos que o protótipo MR18 #110 da pole-position. O jeito era se contentar em manter o ritmo, sonhar com um top ten e disputar a vitória da sua classe, né?

Muito pelo contrário, é só medir no olhar desses gringos de Tapera (Crestani) e Passo Fundo (Stédile). Se é para sentar num cockpit, que seja para ganhar a corrida. Nada de economizar equipamento, eles foram para a desforra em cima dos gigantes.

Desde a largada, o Tornado engolfou a reta de Tarumã como um Furacão. O rugido do motor de moto, a mais de 10 mil rpm, diferente de tudo que estava no grid.  Berrando com o pé no fundo da entrada da Curva 8, tomando a 9 com uma leve tirada de pé e subindo o retão a mais de 200 km/h para passar na Curva 1 levantando poeira e a torcida. Com sua pintura negra, as sinaleiras de freio, como uma cara invocada vermelho fogo, eram a única identificação para os rivais de quem ia na frente na escuridão.

Na primeira hora, passaram em sétimo lugar, na liderança da P2. Era pouco. Mais leve, podia economizar nos pit-stops para abastecer.  Os pneus NA Carrera de compostos duros, também aguentaram os stints longos. Na segunda hora, o Tornado já era terceiro colocado, na mesma volta dos líderes da classe GP1.

“Não tiramos o pé em uma volta sequer, Bernardo”, contaria Fernando Stédile já no início da manhã. “Assim nós vamos até o fim, aconteça o que tiver que acontecer.” Estavam tocando para derreter, inconformados em serem coadjuvantes. Mas o Tornado seguiu avançando, pois apesar de todo o arrojo, Cali e Fernando registram décadas de experiência nas pistas. Pilotaram no limite extremo, mas sem destruiu o equipamento.

Fonte Correio do Povo e JE Acontece

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