Parte dos médicos inscritos às 630 vagas do edital do programa Mais Médicos do ministério da Saúde, para atuação no Rio Grande do Sul, já começa a trabalhar nesta semana, prevê o diretor do Departamento de Ações de Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Elson Farias. “Não sabemos quantos serão, mas aqueles inscritos, por exemplo, na quarta e quinta-feira passada certamente estarão habilitados”, observa.
Os candidatos ao programa preencheram duas páginas. Uma sobre cadastro pessoal (nome, identidade, CPF, endereço, título eleitoral, etc) e outra relativa à alocação (cidade escolhida e outros dados). De posse das informações, o ministério fará a validação: conferir dados e informações, como ver se o profissional está ativo junto Conselho Regional de Medicina (CRM). O ministério tem pressa diante da importância do atendimento do Mais Médicos.
O programa no RS
Hoje, há 2.158 equipes de Estratégia Saúde da Família (EFS) no Rio Grande do Sul, informa o médico Elson Farias – 630 ainda estão sem médicos. Para suplementar o ESF, criado em 1994, o governo lançou em 2013 o programa Mais Médicos. Quando o quadro estiver completo no Estado, o atendimento será de 6 milhões a 7 milhões de pessoas (apenas as 630 equipes respondem por um público entre 1,8 milhão a 2 milhão de pessoas), ou mais de 60% da população.
Cada médico do ESF, segundo o diretor do Departamento, atende uma média de 20 a 40 consultas por dia. Já a equipe é composta por um médico, enfermeiro, técnico em enfermagem e agente comunitário. Mais de 1 mil equipes no Estado tem um dentista com auxiliar de consultório ou técnico em higiene dental. Na média, uma equipe fica responsável pela consulta de 3 mil pessoas cadastradas.
Como registra o edital, os profissionais do Mais Médicos tem direito a uma bolsa formação de R$ 11,8 mil por mês. Recebem também entre R$ 10 mil até R$ 30 mil a título de ajuda de custo inicial. O recurso serve para cobrir a despesa do profissional relativa a sua mudança de cidade. Em todo o Brasil, as inscrições ao Mais Médicos continuam abertas até o dia 7 de dezembro. No Rio Grande do Sul, as vagas já foram ocupadas. “O interessado fica sabendo, como se fosse assento em avião após a compra da passagem”, diz Farias.
Médicos devem procurar secretarias municipais
Da parte do Estado, a secretaria da Saúde tem promovido reuniões com o CRM e Conselho dos Secretários Municipais de Saúde. O objetivo é orientar os profissionais. Segundo o diretor Farias, o médico selecionado pelo ministério da Saúde deve imediatamente procurar a secretaria municipal de Saúde da cidade que escolheu. Todos necessitarão de uma capacitação para trabalharem na atenção primária da saúde, junto às famílias e conhecerem os processos de trabalho.
Fonte e foto: Correio do Povo