Reunida no Rio de Janeiro desde a manhã desta segunda-feira (30), a Comissão de Ética do PDT decidiu expulsar o deputado Giovani Cherini por ter contrariado a decisão do partido e votado a favor da admissibilidade do processo de Impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), na Câmara.
Cherini teve processo aberto na comissão de ética do PDT antes mesmo da votação na Câmara dos Deputados, em função de suas posturas públicas. Em sua defesa, o deputado classifica a expulsão como antidemocrática. “Eu não cometi nenhum crime. Espero que a Dilma e o Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT) não sejam tão importantes assim para me expulsar”, defendeu. O parlamentar lançou uma carta aos seus eleitores, onde afirma seguir os ensinamentos de Leonel Brizola. “Se faz necessário conhecer o Rio Grande do Sul: aqui, quem apoia a corrupção, corrupto também é. Eu não sou corrupto e nem quero ser visto desta forma. O PDT também me pertence”, diz o texto.
Outros dois deputados do partido já tiveram seu julgamento realizado, ambos foram punidos com uma suspensão. Outros três processos ainda serão julgados hoje pelo partido. Cherini ainda não se manifestou sobre o caso.