Doação de medula óssea pode salvar a vida do menino Henrique de três anos
O drama de um menino de Santa Catarina Henrique Nietzke, de três anos e quatro meses, diagnosticado com leucemia e que precisa de um transplante de medula óssea com urgência, deflagrou um aumento no número de pessoas interessadas em serem doadoras de medula óssea nos Hemocentros de Joinville e Jaraguá do Sul. Henrique, que até na última semana estava internado na Unimed, em Joinville, descobriu a doença em fevereiro deste ano e desde então, corre contra o tempo para vencer a doença.O caso como o de Henrique, incrementou o cadastrado do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). O número ganhou força após a divulgação de diversas campanhas em redes sociais. A avaliação é da hematologista e especialista em transplante de medula óssea da Fundação Hemocentro de Brasília, Flavia Zattar.Segundo ela, campanhas como a do menino Tancrède, que sofre um tipo raro e agressivo de leucemia, têm gerado grande mobilização nas redes sociais – além de amigos da família, a campanha envolveu pessoas desconhecidas e mesmo famosos como os jogadores Kaká e Neymar. Pouco tempo depois, a criança encontrou um doador compatível para fazer o transplante.A meta estabelecida pelo Instituto Nacional do Câncer e pelo Ministério da Saúde é 9 mil novos cadastros de doadores todos os anos. Para ser um candidato, é preciso ter 18 anos ou mais e comparecer ao hemocentro mais próximo portando um documento oficial com foto. Também é importante estar em bom estado de saúde e não utilizar medicamentos para tratar doenças crônicas.“Uma pequena amostra de sangue será coletada e o resultado do exame é incluído no Redome. Quando um paciente precisa de transplante, é feita uma busca no cadastro para verificar se há um candidato cadastrado compatível. Havendo compatibilidade, o doador é convocado e novos testes são feitos. Por fim, ele é encaminhado ao centro de tratamento onde o paciente está sendo acompanhado”, explicou Flavia.A especialista lembrou que fatores como a miscigenação da população brasileira ampliam a dificuldade para se encontrar um doador de medula compatível. Outro problema, segundo ela, envolve a atualização do cadastro por parte dos doadores, já que muitas pessoas mudam de endereço ou telefone, mas não comparecem ao hemocentro para manter as informações em dia.Os interessados em serem doadores de medula óssea devem procurar os Hemocentros de seus municípios. No caso especifico do menino Henrique, as pessoas podem procurar o Hemocentro de Joinville, anexo ao Hospital Municipal São José ou a unidade coleta do Hemosc de Jaraguá do Sul, que atende de segunda a sexta-feira a partir das 11h, sendo que não há necessidade de agendamento.
Fonte: http://www.gazetadejoinville.com.br