Estudo da FEE analisa a conjuntura do mercado de trabalho e a terceirização

Após 10 anos engavetado na câmara federal, foi aprovado no início de abril, o projeto de lei 4330 que regulamenta a ampliação dos contratos de trabalho terceirizados também para as atividades-fim, que são as atividades principais de uma empresa. A partir daí, se estabeleceu um grande debate em todo o país se a terceirização seria benéfica para empresários ou para os trabalhadores. Discussões a parte, a Fundação de Economia e Estatística, órgão oficial de análise e divulgação de dados socioeconômicos do Rio Grande do Sul, elaborou estudo sobre a terceirização no país a partir da observação do comportamento do mercado de trabalho em dois momento da economia brasileira. Período de 1993 a 2003 e 2003 a 2013.
A grande perda, tanto para empresários, quanto para trabalhadores, com a ampliação da terceirização, é a falta de um debate amplo sobre a flexibilização nos contratos de trabalho. O PL 4330 ainda causa uma grande polêmica sobre sua eficiência para a geração de novos empregos. Iracema Castelo Branco, economista da FEE, faz suas conclusões acerca de seu estudo sobre o tema.
O Ministério do Trabalho não possui dados oficiais acerca do número de trabalhadores terceirizados no país. As Centrais Sindicais, a partir de estudos do Dieese, apostam que o contingente em 2013 era de 26,8%, ou algo em torno de 13 milhões de trabalhadores. Sem data definida para votação no senado, o PL 4330 sofre grande rejeição do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) que já disse que o projeto não passará na casa. Entretanto, analistas políticos estimam que a bancada empresarial no senado tenha a garantia de pelo menos 30 votos favoráveis à lei das terceirizações.