Municípios gaúchos são destaque em gestão
Índice Firjan coloca 95 cidades do Rio Grande do Sul no ranking das 500 administrações públicas mais eficientes do País.
A gestão fiscal dos municípios gaúchos está entre as mais bem-avaliadas de todo o País. A constatação é da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que divulgou, nesta quinta-feira, a terceira edição do índice de gestão fiscal (IFGF). O levantamento analisa as informações disponíveis de 5.243 cidades, onde vivem 96,5% da população brasileira, com base nas informações repassadas por cada prefeitura à Secretaria do Tesouro Nacional no ano de 2013. Os resultados colocam o Rio Grande do Sul em posição bastante favorável na comparação com a maior parte do Brasil. O escore de 32% obtido pelo Estado representa um percentual duas vezes superior ao nacional (15,8%). Além disso, 95 prefeituras gaúchas figuram no ranking dos 500 melhores IFGFs – 13 delas ocupando posições de destaque na lista das 100 administrações mais eficazes, elaborada pela entidade fluminense.O índice é composto por cinco indicadores: receita própria, gastos com pessoal, investimentos, liquidez e custo da dívida. Juntos, os quesitos geram uma pontuação. Quanto mais próxima de 1, melhor a gestão fiscal.O especialista na área de Desenvolvimento Econômico da Firjan, Jonathas Goulart Costa, explica que o primeiro objetivo da avaliação é estabelecer uma discussão ampla sobre a carga tributária. Neste contexto, os municípios são responsáveis por administrar cerca de 25% de toda arrecadação de impostos do País, valor que se aproxima de R$ 400 bilhões ao ano.Quando o assunto é o grau de investimentos, o cenário se torna um pouco mais complexo. Isso, porque do total investido no setor público, o governo federal é responsável por apenas 14%, enquanto as cidades detêm uma parcela de 34%.\\\”De fato, o grosso dos investimentos que farão efeito real na qualidade de vida e formam o elo mais próximo com o cotidiano do cidadão está concentrado na esfera municipal. Muito se discute sobre o assunto nas esferas federal e estadual, mas pouco se fala sobre os municípios. No entanto, é o mun?icípio o elo mais próximo com o contribuinte\\\”, resume o economista.No Estado, foi analisada a situação fiscal de 490 dos 497 muníci?pios, onde vivem 11,2 milhões de pessoas. Juntas, as prefeituras gaúchas obtiveram média de 0,5449 – a terceira melhor do País. Após uma quedade 10,5%, a média nacional em 2013 ficou em 0,4545, atingido a menor proporção de toda a série histórica, iniciada em 2006.Neste contexto, 155 prefeituras (31,6%) alcançaram o grau de Boa Gestão (conceito B, de 0,6 a 0,8), caso de Porto Alegre, Caxias do Sul, Nova Petrópolis e Hamburgo, por exemplo. Duas cidades – Gramado e Tupandi – obtiveram o grau de Excelência em Gestão (A, de 0,8 a 1,0). Em escala nacional, apenas 18 municípios atingiram o grau A. Somente 15,4% foram classificados com a escala B.
Alto Alegre obteve colocação no ranking IFGF geral a nível nacional 95° e estadual 12º.