Rádio Planetário FM 91.5

Lorenzo Matione fala sobre expectativas do trigo

 
            Realizado o 1º Seminário sobre Qualidade Industrial do Trigo
Evento debateu cultivares, liquidez comercial e aplicação de fungicidas
            Aconteceu na tarde da última quarta-feira, 25 de setembro, no Auditório da Afeco, em Espumoso, o 1º Seminário sobre Qualidade Industrial do Trigo. Promovido pela Cotriel, com o patrocínio da BASF e apoio da Biotrigo Genética e JF Corretora de Cereais, o evento que teve a presença de 130 produtores, técnicos e agrônomos da Sede e Unidades, discutiu temas importantes para a cadeia tritícola, como cultivares para atender novos mercados, qualidade para liquidez comercial e aplicação de fungicidas.
               
Biotrigo Genética apresenta novas cultivares de trigo
                            Lorenzo Mattioni Viecili, ao abordar o assunto \\\\\\\\\\\\\\\”Posicionamento do trigo para atender novos mercados\\\\\\\\\\\\\\\”, apresentou novas variedades do cereal que a empresa, sediada em Passo Fundo, desenvolveu e está colocando no mercado do Brasil e Estados Unidos. Em seu enfoque, Lorenzo disse que apesar de estar presente em 76% da área da Cotriel, a variedade Quartzo já tem outras cultivares que tem uma qualidade melhor para chegar ao mercado: \\\\\\\\\\\\\\\”O que apresentamos aos produtores presentes neste seminário foram cultivares filhas do Quartzo, com a mesma garantia genética em termos de potencial produtivo, segurança, adaptação e que entreguem muito mais qualidade em relação à variedade em questão. A Cotriel já está multiplicando as variedades Iguaçu e Sinuelo, filhas do Quartzo, que tem mais responsividade e não dependem tanto do manejo. Temos ainda como sugestão a Sinuelo, que é um trigo melhorador e muito superior em qualidade. Então, procuramos frisar nesta oportunidade que ao optar por outras cultivares ao invés da mais plantada atualmente , o produtor e a Cooperativa ganham, pois esta evolução poderá trazer melhor liquidez para o mercado e, consequentemente, melhor aplicação do trigo gaúcho no Brasil e no exterior, o que pode abrir muitas portas\\\\\\\\\\\\\\\”, considerou.
                        Liquidez do trigo depende da qualidade oferecida ao mercado
      Antônio Cardoso Garcia, da JF Corretora de Cereais, de Casca, explanou a respeito do tema \\\\\\\\\\\\\\\”Qualidade do Trigo para uma melhor liquidez comercial\\\\\\\\\\\\\\\”. Natural do Paraná, estado maior produtor de trigo do país, ele atuou por 25 anos no setor de comercialização da Cooperativa Coamo, a maior do Brasil e esclareceu aos produtores que o atual cenário do mercado acontece devido à qualidade do trigo plantado no Rio Grande do Sul não atender os padrões da indústria. Segundo ele, ao comprarem o trigo , os moinhos buscam um alto falling number, força de glúten e estabilidade, conceitos desconhecidos do produtor, mas que regem o mercado. Conforme Antônio, sem estes parâmetros mínimos, de acordo com o mercado que o produtor vai atender, ele pode perder rentabilidade e liquidez: \\\\\\\\\\\\\\\”Muitas vezes o agricultor olha que os moinhos não querem pagar o preço que ele acha justo, mas são todos os elos da cadeia, que incluem a indústria de panificação, de massas e biscoitos que olham para o que o consumidor quer comprar. É o produtor que tem se adequar à este cenário. Não viemos aqui dizer que a variedade Quartzo, que tem uma boa produtividade, deve ser totalmente eliminada das lavouras, mas sim aos poucos substituída por cultivares que tenham como resultado final um pão francês de acordo com o padrão do consumidor. A região precisa evoluir, porque outras regiões já evoluíram, e tem um percentual de lavouras plantadas com o Quartzo bem menor, e tem obtido melhor liquidez na venda do trigo em relação à área atendida pela Cotriel\\\\\\\\\\\\\\\”, considerou.

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