Diversificação como alternativa para geração de renda na propriedade

O tema principal abordado na 15ª edição da Expoagro Afubra – como enfatizaram o presidente da entidade organizadora da feira, Benício Albano Werner, e o governador José Ivo Sartori, durante a abertura do evento – é a diversificação da produção nas propriedades rurais familiares. Indo ao encontro do que propõe a organização da feira, a parcela da Segurança e Soberania Alimentar apresenta, no Espaço Casa da Emater, opções de cultivos tradicionais utilizados na alimentação das famílias rurais e que possuem potencial para a comercialização em mercados locais e institucionais, abandonados ao longo do tempo em função da especialização em determinadas culturas.
De acordo com o coordenador da parcela, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Evandro Scariot, “a intenção este ano é mostrar alimentos diversificados que podem ser produzidos e são essenciais na alimentação das famílias, e que também podem ser alternativas de geração de renda para a pequena propriedade, para que o produtor não fique tão suscetível a eventos climáticos e oscilações de preços, como acontece quando se planta apenas uma variedade”, ressaltou.
Entre as opções de cultivos que o visitante encontra no local, estão o milho, feijão, arroz de sequeiro, abóbora, batata-doce, mandioca, amendoim, batata inglesa e hortaliças em geral, além de uma demonstração da produção e aplicação de humús de minhoca e do uso de plantas de cobertura de verão solteiras e consorciadas em associação com cultivos anuais para melhoria da qualidade de solo. Para a produção dos vegetais é priorizado o uso de insumos limpos e de práticas recomendadas na produção de base ecológica.
“O Rio Grande do Sul importa de outros estados grande parte de importantes alimentos que consome e que poderiam ser produzidos aqui, reduzindo inclusive custos com transporte. Além disso, existem outros canais de comercialização, como as feiras de produtores, mercados locais e mercados institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O investimento nesse tipo de cultivo tem se configurado como uma importante alternativa de receita para as famílias rurais”, comenta Scariot, ao falar sobre questões de mercado.
Controle biológico da lagarta do cartuchoChama a atenção de quem passa pela parcela, a demonstração da utilização das vespinhas (trichogramma spodoptera) para o controle biológico da lagarta do cartucho, tecnologia que vem sendo empregada por agricultores gaúchos em substituição ao uso de agrotóxicos com o apoio da Emater/RS-Ascar.
“As biofábricas produzem ovos da lagarta do cartucho parasitados com a vespinha, que devem ser distribuídos em cartelas a cada 20 metros na lavoura. Logo que as vespas nascem, elas já parasitam os ovos da lagarta e inviabilizam o nascimento da praga, livrando a lavoura de danos sem o uso de produtos químicos que podem causar danos à saúde do produtor e nem sempre alcançam o resultado esperado”, explica aos agricultores o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Josemar Parise. Informações a respeito do acesso à tecnologia podem ser obtidas nos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar.
 Assessoria de Imprensa da Emater/RS-AscarRelações Públicas Mateus de Oliveira