Atendendo solicitação do Ministério Público do estado, para prestação de esclarecimentos sobre possível presença de álcool etílico no leite, representantes das cooperativas Piá e Santa Clara se reuniram, separadamente, com o promotor de defesa do consumidor na tarde desta sexta-feira, oito de agosto, em Porto Alegre. As duas empresas foram citadas pelo Ministério da Agricultura, cujo exame de rotina da qualidade do leite constatou a presença de álcool etílico em lotes produzidos pelas empresas. O presidente da cooperativa Piá, Gilberto Kny, apresentou laudo de laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, dos lotes citados nas irregularidades, que atesta a qualidade do leite e derivados.
Alexandre Guerra, diretor administrativo e financeiro da cooperativa Santa Clara, também presente na audiência solicitada pelo Ministério Público gaúcho, contesta o exame efetuado pelo Ministério da Agricultura que reprovou a qualidade do leite produzido pela empresa. O dirigente da Santa Clara disse que o lote do leite apontado na fraude, era de 1.700 litros e que passou por exames de qualidade a cada etapa do processo.
O promotor de defesa do consumidor, Alcindo Bastos Silva Filho, que está coordenando a investigação pelo Ministério Público, concedeu prazo de mais 20 dias para que as empresas providenciem mais informações dos lotes apontados como irregulares pelo Ministério da Agricultura. O promotor disse que o exame efetuado pelo órgão do governo é oficial e criterioso. As análises feitas pelas empresas, mesmo com laboratórios credenciados, podem apresentar método logia diferente e por isso, resultados opostos.
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