A 20ª edição do Grito da Terra Brasil, promovido pela FETAG, Federação dos trabalhadores na agricultura do Rio Grande do Sul, ocorreu de forma pacífica e ordeira nesta terça-feira, 20 de maio, em Porto Alegre. De acordo com o comando de segurança da capital, cerca de quatro mil agricultores participaram da passeata até o Palácio Piratini para cobrar pauta de reivindicações. Além da capital gaúcha o movimento Grito da Terra também ocorreu em outras 10 cidades do país. Nossa reportagem acompanhou o evento e falou com o presidente da FETAG, Elton Weber, que listou alguns itens da carta de reivindicações.
O governador Tarso Genro, acompanhado dos secretários Cláudio Fioreze, da pasta da Agricultura e Elton Scapini, da secretaria do Desenvolvimento Rural, recebeu em seu gabinete uma comitiva de dirigentes da FETAG para discutir as demandas do movimento. Após uma breve reunião, Tarso Genro e os secretários subiram no caminhão de som da passeata e discursou para a multidão que lotava a rua em frente à sede do governo estadual. Na entrevista coletiva o governador explicou que muitas das solicitações dos agricultores já estão em andamento e outras farão parte do plano safra gaúcho deste ano. As questões que envolvem decisão da união, o executivo estadual prometeu apoio.
Como resultados concretos da 20ª edição do Grito da Terra Brasil, os agricultores gaúchos obtiveram a confirmação da vinda do ministro do desenvolvimento agrário Miguel Rossetto na próxima semana para discutir questões de ordem federal como o veto da presidente Dilma ao projeto de lei que desobriga o emplacamento de tratores e a questão da disputa de terras entre índios e pequenos agricultores no norte do estado. O presidente da FETAG, Elton Weber avaliou como sucesso a mobilização realizada e que as questões envolvendo as secretarias estaduais de agricultura e desenvolvimento agrário estão com 70% de encaminhamento.