A federação da agricultura do estado do Rio Grande do Sul, Farsul, apresentou balanço anual de 2013 em entrevista coletiva nesta quinta-feira. O presidente da entidade, Carlos Sperotto, anunciou que este ano houve aumento na área plantada com a confirmação da nova fronteira agrícola no sul do estado. O agronegócio gaúcho fecha o ano com uma produção recorde de pouco mais de 29 milhões de toneladas. A Farsul projeta para 2014 uma superação de 30 milhões de toneladas.
A irrigação tem papel preponderante no futuro do agronegócio do Rio Grande do Sul. Armazenar água e lançar mão de sua utilização nas ocasiões de estiagem não é o único argumento para convencimento de sua importância. A irrigação também proporciona maior produtividade por hectare plantado. A definição é do superintendente da Casa Rural, extensão comercial do sistema Farsul, José Alcino de Ávila, que divulgou a intenção de política de estado, não de governo, de se implementar sistemas de irrigação em 70% da área cultivada no estado, nos próximos anos.
A produção de grãos do Rio Grande do Sul está se encaminhando para confirmar o aumento na colheita de mais sacas de grãos por área plantada. Isso se torna possível com tecnologia de precisão e irrigação. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, divulgou projeções de se obter 120 sacas de soja por hectare. A meta parece alcançável tendo em vista o exemplo do milho que antes se colhia 80 sacas e agora já é possível obter 300 por cada hectare plantado.
Da lista de desafios que o agronegócio gaúcho terá que enfrentar em 2014, destacam-se os problemas da logística e infraestrutura. Carlos Sperotto, presidente da Farsul, relacionou que temos que aumentar nossa capacidade de embarque da produção. Citou a agilidade do Porto de Rio Grande que auxiliou este ano no escoamento da produção de grãos provenientes do Mato Grosso, entretanto ainda há o que melhorar. Alternativas no transporte da produção como ferrovia e hidrovia trariam mais dinamismo no escoamento.