Um documento confirmando consenso entre os 15 comandantes de bombeiros do Estado em torno da separação da categoria da Brigada Militar foi entregue na última quinta-feira, dia 01 de agosto, ao Comando Geral, para que seja repassado ao governador Tarso Genro. A unanimidade entre os oficiais, que ocorre um mês depois do incêndio no Mercado Público da Capital e seis meses depois da tragédia que matou 242 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria, é inédita na história da corporação. Os bombeiros dizem que desde a Constituição de 1988, que permitiu o desmembramento, muitos estados aderiram e conquistaram incrementos. A queixa é de que no Rio Grande do Sul há um déficit de 40% no quadro de pessoal. O coordenador das Associações dos Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs), Ubirajara Ramos, conversou com nossa reportagem e se posiciona sobre o assunto.
Para os municípios com menos de 50 mil habitantes, sendo que a maioria dos 497 do Estado não tem corporação de combate à incêndio, o coordenador das associações de bombeiros do RS coloca como ficaria a situação em uma eventual separação dos bombeiros da Brigada Militar como esta é pretendida.
Encerrando, o coordenador da ABERGS, Ubirajara Pereira Ramos, diz que a estrutura do corpo de bombeiros do estado precisa ser melhorada e que os bombeiros devido à falta de recursos são mesmo heróis, pois além do fogo têm de enfrentar a falta de condições de trabalho.
A postura do governador é pela autonomia tanto da Brigada Militar quanto do Corpo de Bombeiros, sem necessariamente desvinculá-los. De acordo com o Chefe da Casa Civil, Carlos Pestana o grupo também discutirá a desvinculação dos Bombeiros da Brigada Militar, porém para a ABERGS não cabe discutir neste grupo um tema que já foi discutido com o governo dentro de um grupo estratégico durante um ano no período de 2011 á 2012, portanto a proposição da entidade é discutir em separado com o governo a concretização da desvinculação até o final do ano.